
Foram 25 anos fumando 30 cigarros por dia. Uma rotina baseada no ato de fumar. Acordava, acendia um cigarro, tomava um cafezinho. Pautava as paradas no trabalho para sair e fumar. Saía de fininho das rodas de conversa para acender um. Nas viagens, a cada 100 quilômetros era uma parada. Nos dias de chuva, fumava ainda mais rápido, para não se molhar tanto.
Até que um dia, em uma consulta de rotina, o cardiologista alertou: a coisa vai ficar séria se você não parar de fumar agora mesmo, Marco. Seus níveis de gás carbônico no pulmão estão muito elevados e o de oxigênio reduzidos, bradou o médico.
Ele tinha duas escolhas: dar de ombros para o médico, como já tinha feito em outras oportunidades ou dar o grande passo de sua vida. E ele decidiu. A partir do momento que entendeu os riscos que o cigarro estava trazendo a sua vida, parou de fumar no mesmo instante.
Assim, de uma hora para outra, jogou os maços de cigarro no lixo. Sua motivação? A vontade de ser mais saudável e a reflexão sobre seu filho único. O garoto, que estava prestes a completar 18 anos, havia saído de casa para estudar em outra cidade. Se ficar longe do meu filho, que é o que eu tenho de mais precioso, eu estou conseguindo. Claro que consigo ficar sem cigarro.
O primeiro dia foi o mais difícil. O segundo, um pouquinho menos. O terceiro, um tiquinho menos. E assim foi indo. Para ajudar na sua luta, Rantin usou a força do pensamento: Eu não contava 1 semana sem cigarro. Falava 7 dias. Não eram 2 meses, eram 60 dias. Assim, o número era maior e eu me motivava a continuar, já que havia conseguido tanto até então, contou sorrindo orgulhoso.
Outra técnica que ele usou: nos primeiros dias, assim que a vontade de fumar batia, ele olhava para algum objeto e tentava imaginar como ele tinha sido construído, com que materiais, quanto tempo demorou. Assim, desviava o pensamento do desejo do cigarro.
E assim o tempo passou. Já são 3 anos sem cigarro e com mais disposição, paladar, olfato, fôlego e uma outra vitória: a esposa, Rosely, que também deixou de fumar um ano depois de sua parada. Se Rantin está feliz? A resposta dele é direta: Se eu consegui isso, consigo qualquer coisa na vida!. Não temos dúvida, Rantin!
MARCO ANTONIO RANTIN
Supervisor de Operações Agrícolas
Unidade Tarumã/SP
20 anos de Novamérica